Guilherme Mazer defende PL que determina quarto separado para mães de natimorto
O objetivo é diminuir o sofrimento psicológico e emocional de puérperas que estejam passando pelo momento
Publicado: 02/05/2025, 11:37

O vereador Guilherme Mazer (PT) usou suas redes sociais para divulgar o PL 072/2025 que determina a garantia de espaço separado para mães de natimorto em instalações hospitalares, com vistas a diminuir o sofrimento psicológico/emocional de puérperas que estejam passando por esse momento difícil.
A demanda, segundo o Vereador, é oriunda da Campanha Maio Furta-cor, que busca dar visibilidade para o tema da saúde mental materna. A campanha existe oficialmente em Ponta Grossa desde 2023, ano em que se aprovou, na Câmara Municipal, sua integração ao calendário oficial do município. Além da apresentação do referido PL, o Mandato de Mazer também apoia a campanha através de emenda impositiva ao orçamento municipal, viabilizando investimento do município na pauta. Isso também fortaleceu o diálogo entre o movimento social e a administração pública e originou ações importantes como a marcha pela saúde mental materna, com apoio da administração municipal, a capacitação de profissionais da saúde sobre o tema e a inserção de protocolos eficientes visando a prevenção da depressão pós-parto e demais possíveis consequências neurológicas de uma gestação/puerpério.

Questionada sobre a motivação para a indicação da demanda do referido Projeto de Lei, Juliane Carrico, doula e representante da Campanha Maio Furta-cor em Ponta Grossa, se manifestou dizendo o seguinte:
"Em uma das minhas primeiras experiências como doula, acompanhei uma gestante que perdeu o seu primeiro filho em um aborto espontâneo, e enquanto aguardava atendimento, já ciente da sua perda de um bebê muito desejado, ficou no mesmo quarto com gestantes, enquanto ouviam os batimentos dos corações de seus filhos vivos. Isso marcou para sempre a experiência dessa mulher, afetando diretamente sua saúde mental, se sentindo violentada e não tendo seus sentimentos validados, o que afetou, inclusive, sua experiência seguinte de parto. A necessidade de ter uma lei e que se torne protocolo obrigatório separar pessoas que passam pelo aborto é urgente"
O Projeto de Lei está tramitando nas comissões internas da Câmara Municipal, e poderá ser colocado em votação no Plenário após a exaração de todos os pareceres dessas comissões.
Com informações: Assessoria de Imprensa.